Como nasceu ?
Depois de ter ensinado e curado com Reiki durante 13 anos, Lotus Light Jewel é o patamar seguinte da Darshan, curando o coração e com o coração. É uma amplificação incomensurável do trabalho de cura compassiva com o Buda dos Mil Braços (Japão) que o Reiki contém em semente e floresce no LOTUS LIGHT JEWEL na frondosa figura feminina de Kuan Yin na China.
A beleza e o mistério deste método surgiram à Darshan quando estava na China, pela primeira vez. Após ter estado a trabalhar com um tipo de energia muito diferente no Japão (energia xintoísta), muito enraizada na corrente espiritual japonesa. Na China Darshan compreende que a energia também veicula informação e, quando se está disponível, pode-se recebê-la.
Ao procurar um substituto para adaptar à energia chinesa, Darshan percebe que há outro tipo de energia disponível, uma energia cuja fonte é a compaixão e que podemos ligar ao Buda Avalokitesvara da Índia.
É uma forma masculina, chama-se Senju Kannon Bosatsu e há um templo em Kyoto que lhe é dedicado. Darshan sempre esteve ligada a esta energia da compaixão através do Buda dos Mil Braços no sistema de energia japonês. Foi com esta energia com que trabalhou durante catorze anos na sua própria cura e, depois, para ajudar outras pessoas a chegar à cura. Na China, esta forma de compaixão assumiu uma forma feminina, que é a Kuan Yin. Não é uma mulher, não é uma boneca, não é uma estátua, é apenas uma energia mas nós humanos precisamos de formas, de coisas concretas, e por isso se transformou nesta mulher espantosa e bonita que é a Kuan Yin.
O que é o Lotus Light Jewel?
A Jóia da Luz do Lótus, ou Lotus Light Jewel, é uma energia específica.
A energia universal é composta por muitos e variados tipos de energia. Podemos conectar-nos com diversas fontes de energia que se encontram à nossa disposição e, algumas pessoas, após trabalharem no seu próprio sistema energético durante alguns anos, desenvolvem a capacidade de se conectarem com estas fontes de energia disponíveis.
Particularmente, existe um tipo de energia disponível cuja fonte é a compaixão e que podemos ligar ao Buda Avalokitesvara da Índia. Este Buda Avalokiteshvara, que é o Buda da Compaixão, assumiu formas diferentes na China e no Japão mas, mesmo no Ocidente, é conhecido como o Buda dos Mil Braços e no Japão também é esta a sua forma mais comum.
Aos poucos, Darshan foi recebendo informação sobre como usar esta energia, como iniciar pessoas a esta energia que cura o corpo, as emoções, a alma, problemas psicológicos, de um modo espantoso e simples.
Sem esforço.
E também como meditação.
autora do método
Quando a usamos connosco e estamos totalmente presentes, ela torna-se na nossa meditação porque a meditação é isso mesmo: estar presente aqui e agora e escutando, escutando-se a si mesmo, o que está a acontecer por dentro.
O nosso corpo carrega muita informação, sobretudo através da energia e também através da mente inconsciente. Esta energia abrirá a vossa mente inconsciente. A doença tem frequentemente origem em bloqueios energéticos que estão por todo o corpo.
Muitas vezes os problemas derivam de experiências de vida gravadas na mente inconsciente, pois quando aconteceram era para nós demasiado difíceis de lidar e, ainda assim, sentirmo-nos saudáveis.
É para nossa segurança que a mente inconsciente bloqueia determinadas informações mas o corpo começa a dar sinais sobre elas.
A Jóia da Luz do Lótus trabalha a todos estes níveis – corpo, mente, espírito – que formam o nosso sistema.
A quem se destina?
O Lotus Light Jewel é um método único de trabalho energético tanto para principiantes como o mais experientes terapeutas energéticos. Quem quer expandir a sua consciência ou descobrir o verdadeiro Amor e compaixão
Os resultados
É essencial viver bem enraizado e conectado com uma fonte de energia que nos nutre e sustenta. Nisso reside o fulcro de qualquer caminho de vida bem sucedido pois torna-se então possível:
- Adquirir e manter poder pessoal
- Tornar qualquer espaço energeticamente seguro para nós mesmos e os que nos rodeiam
- Esvaziarmo-nos para conseguirmos ir além dos julgamentos e irmos directos ao que realmente interessa: compreendermos o ser que somos e, consequentemente, sermos capazes de tocar o coração dos outros.
Ao longo deste curso, olharemos para muitas das questões essenciais relacionados com o poder pessoal através da libertação de padrões emocionais e de uma progressiva abertura do coração.
Aprenderá ainda ao longo de cinco dias, técnicas simples e eficazes que trarão uma nova qualidade amorosa – a força da verdadeira compaixão – para todas as áreas da sua vida e que provêm de antigas artes de cura energética da Índia, Japão e China sendo, no entanto, totalmente desenhadas para os tempos modernos. Auto-centramento e expansão/harmonização do campo energético pessoal serão, assim, o núcleo desta abordagem. Por esta razão, este curso é recomendado e valioso para terapeutas de todas as áreas.
entrevista de Satori Dashan à revista chinesa INNERLIGHT
INNERLIGHT: Como sabemos, é uma Mestre de Energia. Pode dizer-nos o que é a energia?
SATORI DARSHAN: O que é energia? [risos] Oh, meu Deus, energia é tudo. Tudo é energia, entendes? Não sou cientista mas energia é uma combinação de vários elementos energéticos que se agregam de uma determinada maneira, criando por exemplo materiais. Por exemplo, a madeira não é constituída pelo mesmo tipo de energia que o nosso corpo. No que toca ao meu trabalho, não estamos a falar de Física – também o podemos fazer e é bastante útil – mas no âmbito do meu trabalho quando falo de energia falo da substância que criou o Universo e permeia tudo (vivo, não vivo, dotado de consciência ou não) e é a mesma substância que te criou a ti. Na verdade, somos todos produto de diferentes manifestações da energia. No meu caso, trabalhar com energia para uma cura a diversos níveis – físico, emocional, psicológico, ao nível da alma – significa optimizar a energia que já nos nutre enquanto seres vivos e harmonizá-la de cada vez que há um ataque ambiental. E por ambiente entendamos também as pessoas com quem lidamos ou a energia de um espaço. Pode ser um espaço vazio, talvez um armazém há muito abandonado, onde não há ninguém e pode pensar-se que não se passa lá nada mas existe provavelmente energia bloqueada que pode danificar o nosso sistema energético. Esta é, pois, uma abordagem muito diferente da da Física. De qualquer forma, com o passar do tempo os físicos estão cada vez mais a ir na direcção dos místicos: o que os místicos dizem há cinco mil anos está agora a ser descoberto pela Física, especialmente nos últimos 10 ou 20 anos. As experiências demonstram que as afirmações dos místicos estão correctas.
INNERLIGHT: Sabemos que ministra um curso chamado cura com A Jóia da Luz do Lótus (Lotus Light Jewel). O que é a A Jóia da Luz do Lótus e como pode operar-se a cura através da A Jóia da Luz do Lótus?
SATORI DARSHAN: A Jóia da Luz do Lótus, ou Lotus Light Jewel, é uma energia específica. A energia universal é composta por muitos e variados tipos de energia. As pessoas falam apenas de “energia” ou “energia universal” mesmo quando trabalham com cura e com cura energética mas “energia universal” não significa nada porque tudo é energia. Existem é tipos de energia diferentes que, em conjunto, formam esta energia universal. Podemos conectar-nos com diversas fontes de energia que se encontram à nossa disposição, talvez noutras dimensões que nós não conseguimos ver, e algumas pessoas, após trabalharem no seu próprio sistema energético durante alguns anos, desenvolvem a capacidade de se conectarem com estas fontes de energia disponíveis, acontecendo por vezes coisas surpreendentes.
Foi o que se passou comigo na primeira vez que estive na China. Eu tinha estado a trabalhar com um tipo de energia muito diferente, uma energia xintoísta no Japão, muito enraizada portanto nesta corrente espiritual japonesa. E quando vim para a China, comecei a ter insights, compreensões superiores – a energia também veicula informação e quando se está disponível pode-se recebê-la. Comecei, portanto, a receber informação de que não poderia trabalhar com esta energia na China. Eu ainda não sabia exactamente qual o motivo pelo qual não podia fazê-lo pois não tinha consciência exata de todos os problemas que existem… e nos vossos noticiários televisivos fala-se destas questões todos os dias… agora sei mas nessa altura foi uma surpresa para mim ter este insight: “Não podes trabalhar com esta energia aqui. Não é adequada para os chineses”. E depois, sem que tenha tentado encontrar qualquer substituto, sucedeu apenas que dia após dia comecei a ter insights sobre mais coisas relativas a outro tipo de energia disponível, uma energia cuja fonte é a compaixão e que podemos ligar ao Buda Avalokitesvara da Índia. Este Buda Avalokiteshvara, que é o Buda da Compaixão, assumiu formas diferentes na China e no Japão mas, mesmo no Ocidente, é conhecido como o Buda dos Mil Braços e no Japão também é esta a sua forma mais comum. É uma forma masculina, chama-se Senju Kannon Bosatsu e há um templo em Kyoto que lhe é dedicado. Eu tinha estado sempre ligada a esta energia da compaixão através do Buda dos Mil Braços no sistema de energia japonês com o qual tinha trabalhado durante catorze anos para a minha própria cura e depois também para ajudar outras pessoas a chegar à cura. Na China, esta forma de compaixão assumiu uma forma feminina, que é a Kuan Yin. Claro que não é Kuan Yin, é apenas uma energia. Não é uma mulher, não é uma boneca, não é uma estátua, é apenas uma energia mas nós humanos precisamos de formas, de coisas concretas, e por isso se transformou nesta mulher espantosa e bonita que é a Kuan Yin. Portanto, para mim está bem se precisarmos de nos referirmos a esta forma e, ao fazê-lo, a maioria dos chineses puderem conectar-se com ela uma vez que ela já se encontra nas suas vidas, no seu âmbito de conhecimentos.
Aos poucos, eu fui recebendo informação sobre como usar esta energia, como iniciar pessoas a esta energia que cura o corpo, as emoções, a alma, problemas psicológicos, de um modo espantoso e simples. Sem esforço. E eu também a ensino como meditação. Quando a usamos connosco mesmos e estamos totalmente presentes, ela torna-se na nossa meditação porque a meditação é isso mesmo: estar presente aqui e agora e escutando, escutando-se a si mesmo, o que está a acontecer por dentro. Logo, se todos os dias tiverem uma hora ou uma hora e meia para se tratarem com esta energia e limparem o vosso sistema energético de tudo o que aconteceu nesse dia e nele causou danos, poderão fazê-lo com esta qualidade meditativa, estando completamente presentes e ouvindo o vosso corpo. Ele carrega muita informação, sobretudo através da energia e também através da mente inconsciente e esta energia abrirá a vossa mente inconsciente. A doença tem frequentemente origem em bloqueios energéticos que estão por todo o corpo e se eles derivarem de experiências de vida gravadas na mente inconsciente porque quando aconteceram era para vós demasiado difícil lidar com elas e ainda assim sentirem-se saudáveis… é para nossa segurança que a mente inconsciente bloqueia determinadas informações mas o corpo começa a dar sinais sobre elas. A Jóia da Luz do Lótus trabalha a todos estes níveis – corpo, mente, espírito – que formam o nosso sistema. Nós somos um sistema corpo-mente.
INNERLIGHT: Já respondeu aqui a tantas, tantas questões [risos]… mas uma vez que menciona o nosso sistema corpo-mente, pode dizer-nos o que é a espiritualidade?
SATORI DARSHAN: A espiritualidade [risos] – é quase impossível definir espiritualidade porque em meu entender ela é diferente para cada um de nós. Para mim, o mais importante para a dimensão espiritual ao trilhar o caminho da vida é viver em consciência. É não viver de forma inconsciente, não ir atrás da hipnose colectiva, não seguir o condicionamento que se recebeu desde a infância, desde que éramos muito pequeninos. Desta forma, ou seja, vivendo de forma consciente, podemos observar todos os padrões que são produto do que acabo de referir e, ao observá-los, já os estamos a mudar. E isto inclui até sentimentos e emoções como a zanga, a insegurança, o medo. Se estivermos conscientes deles quando os estamos a sentir, quando estamos a passar por eles, e se estivermos conscientes do que os despoletou, dá-se imediatamente uma mudança de consciência – podemos inclusivamente chamar-lhe um salto quântico… – se os observarmos de facto e se estivermos dispostos a aprender qual a razão pela qual este padrão, este sentimento, esta emoção inconsciente toma conta de nós, qual o motivo de nos descontrolarmos e por vezes quase enlouquecermos. E, a meu ver, a espiritualidade é um crescimento, um crescimento permanente, é fazer da nossa vida uma obra-prima. É, portanto, um trabalho contínuo, dura até ao último segundo da nossa vida porque a morte será a experiência derradeira da vida e, portanto, a derradeira experiência pela qual passamos.
INNERLIGHT: Como é que se tornou numa Mestre de Energia, numa curadora?
SATORI DARSHAN: [risos] Quase morri… não tive escolha [risos]… quase morri. Eu era Professora Universitária e sempre fui muito racional. Intuitiva, mas racional. E percebi que não iria morrer, que iria apenas ficar doente e que, com grande probabilidade, continuaria a adoecer uma e outra vez se não mudasse algo na minha vida, se não houvesse algo que chegasse até mim. Eu tinha estudado psicanálise e tinha também andado num psicanalista… e, na verdade, nada tinha mudado. Sim, tinha sentido algum alívio e tinha tido oportunidade de falar sobre o meu lixo, os meus problemas… mas a dada altura foi o próprio psicanalista que me disse: “Podes ir embora. Terminámos”. Eu retorqui: “O quê? Terminámos?” “Sim, tens tanta clareza sobre as coisas que não vejo o porquê de continuarmos”. Eu pensei “Ok. Deves ser mais maluco que eu…” E, claro, mais tarde quando adoeci gravemente e fui submetida a uma operação de 7 horas, na sequência da qual tive uma pneumonia e uma pleurisia, tive tudo e ainda assim não morri, percebi que tinha de encontrar algo que me ajudasse a recuperar a minha saúde e a minha vida. É que, evidentemente, quando se está doente, não se é dono da própria vida – marca-se um compromisso para o dia seguinte sem se saber se se vai poder estar presente pois se o nosso corpo não nos deixa mexer, nem sequer levantar da cama, não podemos ir. E isto também tem a ver com liberdade – ser saudável é também uma questão de liberdade, algo que prezo imensamente. Compreendi, pois, que tinha chegado a hora de procurar algo de novo. Foi então que chegou até mim este primeiro método energético, o método de cura japonês, e passei pelo meu próprio processo de cura. No espaço de um ano já estava a ensiná-lo. Passei posteriormente por outros métodos; curiosamente, um deles também está ligado à Kuan Yin, o Magnified Healing®, do qual também sou Mestre (sou Mestre em três ou quatro métodos de cura). E tudo isto me preparou para hoje estar aqui a fazer A Jóia da Luz do Lótus.
INNERLIGHT: Pode falar-nos de outros métodos de cura que utiliza, para além de A Jóia da Luz do Lótus?
SATORI DARSHAN: Comecei com a Psicanálise, que me é ainda muito útil. Penso que é útil para todos os que a estudaram mas para mim é-o também no sentido em que me permite fazer uma leitura do que se está a passar na mente inconsciente ou subconsciente das pessoas… até pelo modo como falam ou pelas palavras que usam. Constitui o fundamento para uma primeira compreensão, de carácter mais global, do que se poderá estar a passar com a pessoa.
Estudei também muitas outras coisas que não são psicologia – são talvez os métodos psicoterapêuticos mais avançados, porém também não são psicoterapia uma vez que encerram sempre uma dimensão espiritual. É o caso das Constelações Familiares e da Criança Interior. É verdade que se podem utilizar ambos os métodos de uma forma técnica, superficial, seca, porém nunca se alcançarão os mesmos resultados, isto é, as pessoas nunca chegarão ao mesmo nível de cura se não se integrar esta dimensão energética, a dimensão espiritual. Atualmente, nos Estados Unidos, há inclusivamente cursos de “Psicologia Espiritual”. Parece-me, pois, que todos nós, por todo o mundo, estamos a chegar à conclusão de que os tempos mudaram e de que temos de ir mais longe. E Bert Hellinger, o criador das Constelações Familiares, a abordagem de cura mais importante, não só ao nível do indivíduo, mas também ao nível das nações e outros tipos de sistema, tem isto muito claro já de alguns anos a esta parte e diz às pessoas que têm de aprender um método energético para melhorar o seu próprio sistema energético uma vez que deste modo a sua cura será amplificada e, no caso de quererem ser Consteladores Familiares, do ponto de vista dele não o poderão mesmo ser se o seu trabalho não tiver esta dimensão energética. Se não integrarem esta dimensão, não poderão ler da mesma forma o que está a acontecer em cada Constelação e não poderão compreender o porquê de actualmente os movimentos em Constelações serem muito mais lentos, de haver muito mais silêncio do que há vinte anos atrás. Há vinte anos falava-se muito durante as Constelações ao passo que hoje se pode fazer uma Constelação sem se proferir uma única palavra, o que é, do meu ponto de vista, frequentemente muito mais eficaz.
Que mais estudei? Hipnose – Erickson, Grinder… estas novas abordagens à hipnose que também uso com os clientes. Mesmo quando eles não estão conscientes disso, eu estou a ligar-me também através da hipnose e de energia porque a hipnose pode ser mais profunda se tiver uma dimensão energética. Utilizo-a em Criança Interior porque algumas coisas são tão dolorosas que não podem ser libertadas… não conseguimos ter acesso a estas informações armazenadas na mente inconsciente a não ser que a velocidade do cérebro se altere. A hipnose é, pois, necessária para se aceder às memórias de infância mais dolorosas – por exemplo, alguém que foi abusado sexualmente muito provavelmente não irá ter acesso a estas memórias a não ser por intermédio da hipnose. Também há vários anos que utilizo energia e hipnose na Terapia de Vidas Passadas.
E integro igualmente a criatividade e todo o tipo de competências humanas que nos permitem expressarmo-nos pois a criatividade e a expressão do nosso ser mais profundo são também chaves para a cura. Por isso levo as pessoas a dançar, cantar, desenhar, a expressar-se de todas as formas possíveis. E por vezes invento coisas no momento, não faço ideia do que vou fazer: pego num poema ou, por exemplo, numa carta de Tarot e surge-me algo… porque também sou criativa, portanto trata-se também da minha cura. Então enquanto trabalho, estou também a curar-me, estou a ser o ser espiritual consciente que decidi ser… por vezes não sou muito bem-sucedida mas estou consciente disso e isso é o mais importante.
INNERLIGHT: Mencionou as Constelações Familiares. Há muitos Consteladores no mundo e cada um trabalha de modo diferente, cada um tem a sua especificidade. Qual é a sua principal diferença relativamente aos outros Consteladores?
SATORI DARSHAN: Não faço ideia, nunca me comparo com ninguém em relação a nada, para começar. Sou um ser humano único, como todos nós, por isso não me preocupo com o que os outros fazem.
INNERLIGHT: A questão é: o que é que é tão especial no modo como faz Constelações?
Julgo que sou eu, quem eu sou, este ser que sabe tanto sobre o mundo e sobre a natureza humana… até a minha história familiar, a minha história pessoal, que foi muito dolorosa. Por isso as Constelações Familiares foram um dos trampolins da minha própria cura. A minha mãe deixou-me com várias famílias, o meu pai nunca me reconheceu como filha, depois fui para um colégio interno, depois a minha mãe casou com outra pessoa que me adoptou como filha, vivi em vários países, fui para África, passei por uma guerra civil em África, o meu primeiro namorado foi morto, em seguida fui para o Brasil quando não tinha sequer 19 anos, mais tarde regressei a Portugal, licenciei-me em Filologia Românica em Lisboa, fiz o Mestrado na Sorbonne, em Paris, e aí acabei por ficar sete anos a trabalhar numa Organização inter-governamental e também a ensinar Literatura e Linguagem e a trabalhar como consultora nas maiores Editoras francesas – algumas das quais são também das maiores do mundo.
Penso que são todas estas experiências de vida e de trabalho que tenho como ser que me tornam diferente. E também esta minha maneira muito simples e clara de ir directamente ao que interessa. Os clientes não conseguem manipular-me; eu não estou lá para lhes agradar, estou lá para os levar onde precisam de ir. Mesmo que seja muito doloroso, eles têm de enfrentar a verdade tal como eu o fiz, por isso por vezes eu partilho com eles: “Também passei por isso e vocês também precisam de o fazer porque é o único caminho”. E nessa altura há algo que acontece dentro deles que os faz passarem a confiar mais em mim. E pensam: “Se ela conseguiu, eu também consigo”… e acontece.
Ter sido uma investigadora no campo da Literatura e ter este passado académico enraizou-me muito, trouxe-me muito para o mundo… trabalhei em tantas áreas diferentes: fui Consultora do Banco de Portugal, fui Secretária-Geral de uma organização em Paris – quando os CD-ROMs ainda pareciam um sonho distante, em 1986, 1987, eu já trabalhava com CD-ROMs nesta organização.
Acho que é isto… esta sou eu.
INNERLIGHT: Fiquei boquiaberta com a sua resposta. [risos]
SATORI DARSHAN: [risos]
INNERLIGHT: Pode partilhar connosco alguns dos casos com os quais trabalhou?
SATORI DARSHAN: Oh, meu Deus, isso não teria fim… [risos] Quer que relate casos com técnicas específicas ou de uma forma mais geral?
INNERLIGHT: Casos de Constelações Familiares.
SATORI DARSHAN: Constelações Familiares… pacificarmo-nos com a família e, em particular, com os nossos pais significa alcançarmos a maturidade e a liberdade e é, portanto, a coisa mais importante que podemos fazer por nós mesmos, pelas nossas vidas.